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Esta performance de solo me deixou arrepiada, onde acredito que a dualidade do externo/interno (crise de identidade?) ficou bem evidente para mim pela figura da máscara. Mistério e conflito foram as sensações que percebi. Os movimentos ondulatórios que seguem por todo corpo de maneira suave deixam a impressão de não haver um esqueleto em baixo da pele, e isso é demais. Na parte em que a bailarina se coloca em uma posição fetal, se abraça e logo se abre novamente parece que há um duelo entre a bailaria e máscara, junto com a expressão facial de tristeza/preocupação um pouco de pânico talvez, como se não quisesse mais se "esconder" mas quando a máscara volta ao rosto, a bailarina assume uma postura mais segura e mística, como se assumisse outra forma. Enquanto a bailarina tirava e a colocava a máscara, iam surgindo múltiplas expressões: loucura/sarcasmo(?), tristeza/sofrimento, ternura e no final acho que houve uma expressão de aceitação, como se a máscara fizesse parte da pessoa.

Ana Carolina Moreira Santos


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